Aspectos que levam a infelicidade

Aspectos que levam a infelicidade

Com que frequência você percebe as boas sensações que vivencia na vida e que ajudam o nosso corpo a fluir com leveza e tranquilidade? Como essas sensações são armazenadas para serem utilizadas por você para outras conquistas, momentos ou até para materializar seus sonhos? Quando um objetivo não é atingido ou algum percalço ocorre no meio do caminho levando a sentimentos de derrota, fracasso, ansiedade, frustração, que vão destruindo a sua alegria, seu entusiasmo pela vida e assim minguando a sua forma de agir e pensar, como você percebe esses acontecimentos? Com que frequência essas sensações aparecem no seu dia a dia?

Não estar conectado com o nosso Ser, com o verdadeiro sentido e significado da nossa existência pode nos levar a situações onde o presente não é vivenciado e seu foco e referência passam a se ancorar no passado ou na projeção do futuro.

Manter a atenção somente nos afetos negativos, pode nos levar a uma sensação de vazio existencial.  Procuramos incessantemente por algo, mas logo percebemos que nada nos satisfaz e passamos a manifestar uma angustia acerca do futuro. Sem conexão com o presente, mas de olho fantasioso neste futuro, não permitimos que o passado levante sua âncora para se tornar um excelente aliado nos caminhos percorridos até então. Se chegamos até este momento, é um excelente motivo para honrar a nossa existência, você não acha?  Focar somente na antecipação do futuro, criando várias expectativas, é uma das receitas de frustração que te leva a desistir dos seus sonhos e consequentemente sofrer por antecipação.

Quando vivenciamos situações difíceis, pois todos nós a vivenciamos em algum momento, com certeza nenhuma fala de positividade irá mudar a sua situação, porém, entendendo o movimento pendular que faz parte da vida, onde alegria e tristeza estão contidos, podemos aprender a encarar esses momentos com sabedoria e encontrar as soluções para voltar a movimentar a boa energia.

Então, vamos analisar o caminho mais doloroso de se perceber e conduzir a vida e analise se a sua está com a predominância de alguns desses aspectos:

 

Medo de caminhar com suas próprias pernas

A vida é um grande palco e atrás desse palco temos um enorme pêndulo. Ora vivenciamos alegria, ora tristeza; um dia estamos cercados de amigos, parentes e em outro podemos estar sozinhos; em um momento temos emprego e dinheiro, em outro podemos estar desempregados e endividados. Estar vivo é estar em movimento.  Sabemos intuitivamente que esse antagonismo é normal, mas quando o assunto são nossas experiências pessoais, a coisa muda de figura. É nesse momento que temos que estar atentos para não paralisarmos, mas aprendermos a nos observar, reconhecer o mal que também existe em nós e quem sabe até desviar do pêndulo com sabedoria em algumas situações. Pedir ajuda e apoio faz parte do nosso roteiro, mas isso não quer dizer que você não tem capacidade de dar a volta por cima, reconhecer e reavaliar suas condições e traçar novos rumos. A estagnação é contra a

 

Abuso

Quando falamos de abuso, muitos pensam em abuso sexual e é aí que mora o perigo. Cometemos abuso também em situações simples da vida, quando abrimos sempre mão de nossos desejos, quando não sabemos dizer “não” e fazemos algo a contragosto, quando nos mantemos em um emprego somente pelo dinheiro, e até mesmo, quando você se impõe limitações achando que será feliz somente quando alcançar algo.  Colocar o foco no futuro em busca desse algo te mantêm com um filtro redutor e isso também é um abuso. E se esta condição for generalizada para outras áreas da vida, você pode estar criando a sua própria armadilha para se desmotivar e sentir-se miserável ao longo da sua trajetória. Que abusos você está cometendo consigo que ainda não percebeu e que a partir desse momento pode reavaliar para deixar a sua vida mais leve e feliz?

 

A felicidade está logo ali

Ela não está ali, ela está aqui! Felicidade é algo subjetivo e está relacionado ao nosso estado de espírito. Posso sentí-la com um beijo, tomando um sorvete, na paz de uma leitura vespertina ou até vestindo uma roupa ou com um carro novo, porque não? Entenda que um dos maiores vilões da felicidade é a competitividade. Esta, nos leva a um constante estado comparativo e a comparação é um dos maiores agressores da alma.  Nunca estaremos satisfeitos ao compararmos algo ou nos compararmos com alguém. Perceba que mesmo tendo várias conquistas, quando entramos no comparativo, passamos a exigir o corpo perfeito que nunca  chega, mas que o Instagram está cheio; na certificação XYZ que não consta do meu currículum, mas que fulano que foi promovido acabou de tirar; no carro novo do vizinho, afinal o meu é de 2009 e já está bem velho, mesmo que me leve para todos os lugares; no telefone C3PO que tem recursos que nunca vou usar, mas que todos na mesa do bar não param de falar. Enfim, poderia listar uma série de situações que estão logo ali e que podem trazer tudo, menos a tão sonhada felicidade. E isso é muito simples… a competitividade leva nosso olhar para o exterior e cada vez que isso ocorre de forma impulsiva perdemos a conexão com a nossa essência. Pense nisso!

Vitimização

De quem é a culpa? A culpa existe? O que você escolhe para sua vida? Se não faz escolhas, como está vivendo? Está se permitindo uma vida abusiva? Reflita e veja que papel você está escolhendo. Como assim? Preste atenção e veja se você se julga inferior, cheio de atribuições e parece um escravo, que nada dá certo, que você é um azarado, que não nasceu em berço de ouro e por isso está fadado a essa vida morna, que ninguém te ama e ninguém te quer, enfim, uma vida repleta de mimimi. Fazer uma reclamação em um momento qualquer é normal e traz até uma certa sensação de alívio. Porém, se você não tem consciência de que está desempenhando esse papel o tempo todo, pare, observe, relembre suas falas e veja quais são as vantagens de se encontrar nesta situação. Coloque na mesa suas questões para que possa efetivamente encontrar recursos para resolvê-las.

 

Epicentro da culpa

Quando não temos consciência de nós mesmos, de nosso potencial criativo, dos vários “Eus” que temos em nós e focamos apenas em um deles, podemos nos paralisar naquele que nos atribuí pouco valor, poucos recursos e assim me sinto culpado por tudo e qualquer acontecimento. Muitas vezes esse epicentro surge para que possamos fugir das possibilidades de mudança dessa realidade, mas não conseguimos ver dessa forma e nos mantermos dentro dessa “zona de conforto”. Quando se perceber nesta situação, analise o que pode estar ocorrendo e veja o que pode mudar em suas ações para que da próxima vez possa fazer melhor.

 

Foco no passado

Essa questão do passado é muito interessante. Ele faz parte de nós, da nossa vida, mas vivemos renegando, dizendo que o que passou, passou, não volta mais.  Sabemos disso e que ótimo que passou! Sinal de que sua vida está em movimento. A intenção nessa questão é alertar que não devemos permitir que nossos pensamentos realistas estejam focados no passado.  Tudo que experimentamos hoje é resultado de ontem e sendo assim, o futuro depende de hoje e este futuro pode ser alterado de acordo com as próximas experiências do próprio futuro que pra ocorrer, dependerá de um passado. Interessante essa engrenagem, não acha? Então faça desse momento uma brincadeira. Vá para trás e se veja lá na frente, mas volte e fique atento. Se quer materializar um futuro diferente, olhe para o presente e tenha o passado como um mestre orientador.

 

Imediatismo

O que essa frase nos remete? Se estamos falando de imediatismo, podemos perceber uma grande carga de ansiedade embutida. Paciência é algo que está literalmente desaparecendo na vida atual. Queremos tudo para ontem, pois não temos tempo a perder. Então se você quer ver tudo mudar e não está disposto a colocar a mão na massa, esperar crescer, assar e esfriar para comer, você está fadado a viver na superficialidade, pode deixar de viver uma grande oportunidade que dependia somente de um outro olhar ou até mesmo iniciar um combate e estragar o seu dia. O imediatismo não é instintivo, ele é um hábito e, se tornando um hábito, pode ser conduzido de forma automática.  Quando alguém te manda uma mensagem e você está dirigindo, qual a sua primeira reação?

 

Gratidão

Essa palavra parece estar na moda e as vezes é associada de forma equivocada a gurus, religião, como forma de camuflar atitudes que não condizem com o ato de ser grato, mas que somente pela sua pronúncia, tira-se o peso dos ombros. Ela é totalmente diferente do obrigado, que é utilizado como uma forma de retribuir o favor que alguém me fez, pois a Gratidão deve ser pronunciada com a luz de nosso coração.  Não que você não deva pronunciá-la por ter recebido um favor. A questão é se você realmente compreende o ato desse favor como gratidão. Se fez esperando algo em troca ou para se vangloriar de algo, a gratidão não faz parte desse contexto.   Pense em algo na sua vida que você sente alegria por ter. Reconheça e sinta-se afortunado e grato por ter isso na sua vida.  Quase sempre ignoramos as coisas boas, as experiências do dia e a simples oportunidade de estarmos vivos. Praticar a gratidão e transformá-la em um hábito é um grande potencializar de felicidade e equilíbrio emocional. De que forma você pratica a sua gratidão?

 

Aproveite a leitura desses aspectos e observe o que precisa ser melhorado. Esta é uma das formas de observar-se com amor e carinho.

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